sábado, 4 de outubro de 2025

Avisos interparoquiais - XXVII Domingo do Tempo Comum - Ano C - 5 de Outubro de 2025

 


1. OUTUBRO: MÊS DO ROSÁRIO... MÊS MISSIONÁRIO...

Sob o tema “Missionários de Esperança entre os povos” vamos celebrar a 19 de outubro o Dia Mundial das Missões. Nesse fim-de-semana os ofertórios das Eucaristias destinam-se às Missões e à tarde, com o acolhimento às 14.00 horas, na Igreja de Espinho, celebraremos o Jubileu Diocesano das Missões.

Nas nossas Paróquias vamos rezar o Terço na Igreja: Guisande, todos os dias às 19.00 horas; aos Sábados, às 17.00 e nos domingos às 15.00 horas. Pigeiros, nos dias de Missa (Quartas-feiras, Sábados e Domingos) meia hora antes da Missa. Nas Caldas, orientado pelos MEC’s: segundas e quartas-feiras, às 18.30 horas; terças-feiras no final da Missa; quintas-feiras, na Adoração ao Santíssimo; sextas-feiras, das 19.30, às 22.00 horas, durante o tempo do Alpha, e Domingos, 10.30 horas.

2. FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO NA PARÓQUIA DE GUISANDE

Amanhã, Domingo 5 de outubro, na Eucaristia, às 8.00 horas e o final a Procissão.

3. REUNIÃO COM MEC’s NO HOSPITAL DE SÃO SEBASTIÃO SMF

Na próxima segunda-feira, 6 de outubro, às 21.30 horas, tendo como ponto de encontro o Hall de Entrada do Hospital, vai realizar-se uma reunião do Capelão, o Senhor Pe. Artur, com todos os Ministros Extraordinários da Comunhão que já colaboraram ou desejam iniciar a sua colaboração na Capelania.

4. INÍCIO DA CATEQUESE EM SALA NAS NOSSAS PARÓQUIAS

Na próxima semana. Convidamos à participação e cooperação dos pais e encarregados de educação com os catequistas para que possamos ajudar os mais novos na descoberta de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida e assim todos caminharmos como Peregrinos da esperança... com todos e para o bem de todos!

5. DESIGNAÇÃO E INSTITUIÇÃO DE NOVOS MEC’S NA NOSSA DIOCESE

No Domingo, dia 12 de outubro, pelo nosso Bispo, para o serviço nas Comunidades, em celebração na Catedral, às 15.00 horas. Demos graças a Deus pelos das nossas Paróquias.

6. OFICINA DE TRANSFORMAÇÃO DE ERVAS AROMÁTICAS EM GUISANDE E PIGEIROS

No âmbito do projeto Envelhe(Ser) vai realizar-se esta atividade sob o tema “Do pomar para o prato: Como confecionar doces saudáveis", onde será possível transformar/confecionar as frutas e legumes em pratos saudáveis e deliciosos, com momento de degustação, no final.

Este projeto é dinamizado pelo Departamento de Desenvolvimento Social do Município de Santa Maria da Feira, no âmbito do programa TEAR – Tempo de Envolvimento e Ação em Rede, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, da União Europeia. A entrada gratuita, sujeita a inscrição prévia e as inscrições podem ser feitas na Junta de Freguesia da sua localidade, através do Link: https://forms.gle/dwLJXwp326AfyBsb6. Na impossibilidade de inscrição pode aparecer, no dia 8 de outubro em Guisande, no Centro Social em Pigeiros a 15 no Centro Cívico, das 14.00 às 16.00 horas.

7. PRIMEIRO ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA ACÓLITOS NAS NOSSAS PARÓQUIAS

Vai acontecer no próximo dia 18 de outubro, Sábado, às 14.30 horas, na Paróquia das Caldas de São Jorge. Vai estar connosco o Senhor José Campos, responsável pelos Acólitos na nossa Diocese. Nesse encontro será definido o dia e horário dos futuros encontros de formação. Até lá, todos os Acólitos que já servem e outros que o desejem ser devem preencher uma ficha que se encontra na Sacristia.

8. FESTA DO IDOSO NA PARÓQUIA DAS CALDAS DE SÃO JORGE

O grupo dos “Jovens Inquietos” está a organizar a “Festa do Idoso”. Vai acontecer Domingo, dia 19 de outubro. Começará com a celebração da Eucaristia, às 15.00 horas, seguindo-se a Festa e convívio no Salão Paroquial. Nesse Domingo não haverá Missa às 11.00 horas na Paróquia das Caldas.

CONTEXTO

Jesus, acompanhado pelos seus discípulos, vai a caminho de Jerusalém. No horizonte próximo de Jesus está a sua condenação pelas autoridades religiosas judaicas, a sua morte na cruz e a sua ressurreição. Ao longo do caminho (cf. Lc 9,51-19,28), Jesus ensina os discípulos e prepara-os para a missão que irão assumir depois da Páscoa, quando forem enviados ao mundo como testemunhas do Reino de Deus. À medida que caminham atrás de Jesus e escutam as “lições” que Ele oferece, os discípulos vão deixando para trás os seus projetos pessoais, as suas visões desfocadas, os seus sonhos de grandeza e vão crescendo na sua identificação com o projeto de Jesus. O caminho que leva da Galileia a Jerusalém deixa, então, de ser um simples caminho geográfico, para se tornar uma instrução catecumenal dirigida aos crentes de todas as épocas, visando prepará-los para viverem como discípulos e serem no mundo arautos do Reino de Deus.

Lucas junta aqui alguns “ditos” de Jesus sobre temas diferentes, provavelmente aparecidos em contextos diversos. No texto que neste domingo nos é proposto há um “dito” sobre a fé (cf. Lc 17,5-6) e uma pequena parábola sobre a gratuidade do serviço (cf. Lc 17,7-10). O “dito” sobre a fé aparece, numa forma um pouco diferente, em Mt 17,20 (um “dito” análogo lê-se também em Mc 11,23 e Mt 21,21); a parábola sobre a gratuidade do serviço é exclusiva de Lucas.

Em “etapas” anteriores do caminho, Jesus tinha colocado os discípulos diante de exigências bastante radicais: pedira-lhes que entrassem “pela porta estreita” (cf. Lc 13,24); que fossem humildes e fizessem o bem sem esperar nada em troca (cf. Lc 14,7-14); que colocassem em segundo plano a família, os próprios interesses e os bens materiais (cf. Lc 14,26-33); que perdoassem sempre e de forma ilimitada (cf. Lc 17,5-6). Os discípulos estão conscientes dos seus limites e da sua fragilidade. Sentem que estão com dificuldade em “acompanhar” o ritmo de Jesus e em abraçar definitivamente a aventura do Reino de Deus.

MENSAGEM

Para aquele grupo que caminha com Jesus em direção a Jerusalém, o tempo começa a esgotar-se. Chegou o tempo das decisões corajosas; mas eles sentem-se débeis e inseguros. Será possível encontrarem um qualquer “suplemento” que lhes traga a força de que necessitam para não desistirem? O pedido dos discípulos a Jesus vem nesta sequência: “aumenta a nossa fé” (vers. 5). O que é a “fé”? Como pode a “fé” ajudá-los naquele momento decisivo?

No Novo Testamento em geral e nos Evangelhos Sinópticos em particular, a fé não é, primordialmente, a adesão a dogmas ou a um conjunto de verdades abstratas sobre Deus; mas é a adesão radical a Jesus, à sua pessoa, à sua proposta, ao seu projeto. Implica confiar completamente em Jesus, naquilo que Ele diz, naquilo que Ele propõe, naquilo que Ele ensina; implica confiar no Pai como Jesus confiava e estar disposto a cumprir sem condições a vontade do Pai; implica seguir Jesus sem hesitar nesse difícil caminho do dom da vida até ao extremo; implica assumir o estilo de vida de Jesus, amar todos sem excluir ninguém, servir com humildade e simplicidade, levar vida a todos, dar testemunho da misericórdia e da ternura de Deus pelos últimos, pelos pecadores, pelos rejeitados; implica abraçar o mesmo “sonho” de Jesus e procurar construir no mundo o Reino de Deus. O que os discípulos necessitam é de confiar mais em Jesus, de confiar em Jesus de tal forma que sejam capazes de O seguir de olhos fechados, sem medo do que poderá acontecer-lhes e sem se preocuparem com o que estão a deixar para trás.

Jesus não responde diretamente à solicitação dos discípulos. Afinal, optar por Jesus, confiar em Jesus, é uma decisão que cada discípulo deve tomar por si próprio. Em contrapartida, Jesus prefere recordar aos discípulos o resultado da fé: “se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia” (vers. 6). Os discípulos não precisam que alguém, por qualquer ato mágico, lhes aumente a fé; o que eles precisam é de reavivar a sua confiança em Jesus, a sua decisão de seguir Jesus, a sua adesão a Jesus. E se confiarem um bocadinho em Jesus, se decidirem ir com Jesus, farão coisas extraordinárias, tão extraordinárias como ordenar a uma amoreira plantada em terra que vá fixar as suas imensas raízes no meio do mar. A imagem usada por Jesus está bem ao gosto dos pregadores da época, que gostavam de exagerar nas imagens que usavam para tornar mais evidente a mensagem que queriam propor. Se os discípulos ousarem confiar em Jesus e ir atrás d’Ele com coragem e determinação, farão coisas que mudarão a história do mundo e a vida dos homens. Farão autênticos “milagres”, concretizarão coisas impossíveis, deslocarão “montanhas”, darão um outro rosto ao mundo; transformarão a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em liberdade.

Concluída a breve conversa sobre a “fé”, Jesus parte para outra “lição”. Desta vez, propõe-se falar com os discípulos sobre a forma como eles se devem situar diante de Deus (vers. 7-9).

Os fariseus viviam para o cumprimento da Lei. Consideravam que bastava cumprir integralmente os mandamentos de Deus para ter acesso aos bens eternos. De acordo com esta perspetiva, a salvação não era um dom de Deus, mas sim uma conquista do homem, o resultado dos méritos que o homem adquiria ao cumprir a Lei. Esta compreensão favorecia a autossuficiência: o homem não precisava de Deus, pois podia alcançar a salvação por si próprio; bastava-lhe viver de acordo com as regras estipuladas. Deus, por sua vez, seria apenas um contabilista, empenhado em fazer contas para ver se o homem tinha ou não direito à salvação. Se as “contas” fossem favoráveis ao homem, Deus não tinha outra hipótese senão dar-lhe a salvação.

Jesus não quer que os seus discípulos se apresentem diante de Deus com a sobranceria dos fariseus. Por isso, conta-lhes a história de um homem rico cujo servo trabalhou todo o dia no campo. Quando, no fim do dia chegou a casa, não pôde descansar imediatamente: teve ainda que preparar o jantar do seu senhor e servi-lo. Só depois de ter cumprido todas as suas obrigações, pôde comer ele próprio. Aquele senhor terá de agradecer ao seu servo por ele ter cumprido o seu dever? – pergunta Jesus. É claro que não. O servo trabalhou muito e bem; mas apenas fez aquilo que lhe competia. Não pode exigir ao seu senhor nenhum pagamento extra por ter feito as tarefas que lhe tinham sido atribuídas.

Jesus está a dizer que Deus é um senhor exigente que apenas quer ser servido? Não. A parábola não pretende dizer-nos como é que Deus é; mas pretende dizer-nos que o verdadeiro crente cumpre a sua missão, sem exigir nada e sem esperar nada em troca (vers. 10). Age com humildade e com absoluto sentido de gratuidade, sem pensar em retribuições. Não faz as coisas para se colocar numa situação de força, de forma a poder exigir algo de Deus. Faz o que deve fazer apenas “porque sim”. O que o move não é o prémio ou o castigo, mas apenas o cumprimento da missão que lhe foi confiada. Em última análise, aquilo que move o “servo” não é o interesse, mas sim o amor. A religião de Jesus não é a “religião dos méritos”, mas sim a “religião do amor”.

No caminho para Jerusalém, Jesus continua a desenhar e a propor aos que vão com Ele o “caminho do discípulo”. Os que quiserem seguir por esse caminho têm de confiar em Jesus e de abraçar o projeto que ele propõe. Farão os mesmos gestos de Jesus e serão no mundo sinais vivos de Deus. Cumprirão com humildade e amor a missão que lhes é confiada; e, depois de tudo, dirão: “somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”. Trata-se de um belo e luminoso programa de vida.


 [fonte: dehonianos.org]


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