sábado, 11 de outubro de 2025

Avisos inter-paroquiais - XXVIII Domingo do Tempo Comum - Ano C - 12 de Outubro de 2025


1. ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2025

Votar é um direito que a tantos dos nossos antepassados custou, no cumprimento de um dever que a todos nos é exigido. Votemos escolhendo aqueles que julgamos ser os melhores para nos governarem.

2. INSTITUIÇÃO E FORMAÇÃO PERMANENTE PARA OS MEC’S

Amanhã, Domingo, 12 de outubro, às 15.00 horas, na Sé catedral do Porto o nosso Bispo vai proceder à designação e Instituição de novos MEC’s.

Na terça-feira, promovido pelo Secretariado da Liturgia da Diocese do Porto, no Salão Paroquial de São João da Madeira, das 21.30 às 23.00 horas, vão os MEC’s ter mais um encontro de formação. Todos os Ministros Extraordinários da Comunhão devem estar presentes.

3. AÇÃO DE FORMAÇÃO COM A DRA. RUTE AGULHAS COORDENADORA DO GRUPO VITA

Grupo isento, autónomo e independente, que visa acolher, escutar, acompanhar e prevenir situações de violência sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica, destinada a Catequistas e outros agentes pastorais, no Salão Paroquial de Fiães, 13 de outubro, segunda-feira, às 21.00 horas.

4. OFICINA DE TRANSFORMAÇÃO DE ERVAS AROMÁTICAS EM GUISANDE E PIGEIROS

No âmbito do projeto Envelhe(Ser) vai realizar-se esta atividade sob o tema “Do pomar para o prato: Como confecionar doces saudáveis", onde será possível transformar/confecionar as frutas e legumes em pratos saudáveis e deliciosos, com momento de degustação, no final.

É um projeto dinamizado pelo Departamento de Desenvolvimento Social do Município de Santa Maria da Feira, no âmbito do programa TEAR – Tempo de Envolvimento e Ação em Rede, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, da União Europeia. A é entrada gratuita, mas sujeita a inscrição prévia e as inscrições podem ser feitas na Junta de Freguesia da localidade, ou através do Link: https://forms.gle/dwLJXwp326AfyBsb6. Na impossibilidade de inscrição pode aparecer, em Pigeiros no dia 15, quarta-feira, no Centro Cívico Feliciano Martins Pereira, das 14.00 às 16.00 horas.

5. REUNIÃO COM OS PAIS DOS MENINOS DA CATEQUESE NA PARÓQUIA DAS CALDAS

O Pároco e Catequistas, na sexta-feira, 17 de outubro, no Salão Paroquial, às 20.30 horas esperam pelos pais que têm filhos na Catequese da Infância (1º ao 6º ano) e às 21.30 horas pelos pais que têm filhos na Catequese da Adolescência (7º ao 10º ano) para juntos, num encontro de partilha, formação e ajuda, podermos colaborar no crescimento das nossas crianças e adolescentes. Contamos com todos.

6. PRIMEIRO ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA ACÓLITOS NAS NOSSAS PARÓQUIAS

É já no próximo sábado, 18 de outubro, às 14.30 horas, na Paróquia das Caldas de São Jorge. Vai estar connosco o Senhor José Campos, responsável pelos Acólitos na nossa Diocese. Nesse encontro será definido o dia e horário dos futuros encontros de formação. Até lá, todos os Acólitos que já servem e outros que o desejem ser devem preencher uma ficha que se encontra na Sacristia.

7. FESTA DO IDOSO NA PARÓQUIA DAS CALDAS DE SÃO JORGE

O grupo dos “Jovens Inquietos” está a organizar a “Festa do Idoso”. É já Domingo, 19 de outubro. Começará com a Eucaristia, às 15.00 horas, seguindo-se a Festa e convívio no Salão Paroquial. Não haverá Missa às 11.00 horas na Paróquia das Caldas.

Celebramos também neste Domingo o Dia das Missões. O ofertório das Eucaristias destina-se à Missões

8. O GRUPO DE JVEM DE PIGEIROS | IMPULSO JOVEM

Convida toda a comunidade a participar nos jogos tradicionais, no próximo domingo, dia 19 de outubro, pelas 15h, no parque de lazer da Várzea. Podes participar em família, com amigos ou vizinhos, em equipas de 2 elementos. Podes inscrever-te junto dos membros do Impulso Jovem ou através de mensagem privada nas nossas redes sociais. No final teremos um convívio com lanche comunitário. Esperamos por ti!

9. FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA BOA FORTUNA E SANTO ANTÓNIO - VISO - GUISANDE - COMISSÃO DE FESTAS

Está formada a Comissão de Festas para a organização em 2026, que terá lugar nos dias 31 de Julho, 1, 2 e 3 de Agosto.

Marco André Dias Neves – Estôze – Juiz 

Jimmy Fernando Ribeiro – Casaldaça – Tesoureiro

Rafael Serralva Almeida Bastos –Barrosa – Secretário 

Hélder Manuel da Silva Rodrigues – Outeiro – Vogal 

José Manuel Oliveira Batista – Gândara - Vogal

Afonso Silva de Almeida -Fornos – Vogal 

João Carlos Gonçalves Teixeira – Teixugueira – Vogal 

Ana Sofia Silva Leite – Gândara – Juíza 

Beatriz Almeida Batista – Reguengo – Procuradora 


CONTEXTO

Jesus e os discípulos vão a caminho de Jerusalém. Lucas indica que o episódio que vai ser narrado sucedeu quando passavam “entre a Samaria e a Galileia”. A indicação é imprecisa; mas a preocupação fundamental de Lucas não é apresentar um itinerário geográfico detalhado, mas sim dar-nos conta de uma “peregrinação espiritual” durante a qual os discípulos vão amadurecendo a proposta de Jesus e aprofundando o seu compromisso com o Reino de Deus. O grupo que caminha com Jesus depara-se, “ao entrar numa povoação”, com um grupo de dez leprosos.

O leproso era, no tempo de Jesus, o protótipo do marginalizado. O aspeto físico de um leproso causava repugnância; o medo da contaminação fazia com que todos se afastassem do doente. Além disso, a teologia oficial considerava o leproso um impuro ritual (cf. Lev 13-14), um “castigado por Deus” por ter cometido pecados especialmente graves. O contacto com um leproso provocava impureza; por isso, o leproso não podia entrar nas povoações: vivia em lugares isolados e, quando alguém se aproximava, devia avisar da sua triste condição, gritando: “impuro, impuro”. Estava-lhe inclusive vedada a entrada na cidade de Jerusalém, a fim de não conspurcar, com a sua impureza, o lugar sagrado onde estava o templo. No caso improvável de cura, o leproso devia apresentar-se diante de um sacerdote, a fim de que este comprovasse o facto e lhe permitisse a reintegração na vida normal (cf. Lev 14). Podia, então, voltar a participar nas celebrações do culto.

Há um outro elemento a considerar no relato de Lucas: um dos leprosos que se apresentam diante de Jesus é samaritano. Os habitantes da Samaria eram desprezados pelos judeus de Jerusalém, por causa do seu sincretismo religioso. A desconfiança religiosa dos judeus em relação aos samaritanos começou quando, em 721 a.C. (após a queda do reino do Norte), os colonos assírios invadiram a Samaria e começaram a misturar-se com a população local. Para os judeus, os habitantes da Samaria começaram, então, a paganizar-se. Alguns anos depois, após o regresso do exílio da Babilónia, os habitantes de Jerusalém recusaram a ajuda dos samaritanos na reconstrução do Templo e evitaram os contactos com esses hereges, “raça misturada com pagãos”. A construção de um santuário samaritano no monte Garizim (séc. IV a.C.) consumou a separação entre as duas comunidades e, na perspetiva judaica, lançou definitivamente os samaritanos nos caminhos da infidelidade a Javé. Algumas picardias mútuas nos séculos seguintes consolidaram a inimizade entre judeus e samaritanos. Na época de Jesus, a relação entre as duas comunidades era marcada por uma grande hostilidade.

MENSAGEM

Algures na fronteira entre a Samaria e a Galileia (vers. 11), Jesus e os discípulos encontram um grupo de dez leprosos que, possivelmente, viviam em comunidade (vers. 12). O número dez poderá ter aqui um significado simbólico: é um número que significa “totalidade” (os costumes religiosos judaicos previam que, para a validade da oração comunitária, era necessária a presença de pelo menos dez homens, pois o “dez” representa a totalidade da comunidade). Estes doentes, apesar de não poderem entrar nas povoações, acampavam frequentemente nos arredores das aldeias ou cidades e pediam esmola para poderem subsistir. Um dos leprosos é um samaritano, um homem duplamente impuro: pela doença e pelo facto de pertencer à comunidade herética dos samaritanos.

Os leprosos, embora mantendo-se à distância, conforme a lei exigia, dirigem-se a Jesus. Provavelmente já tinham ouvido falar do profeta da Galileia e da sua misericórdia para com os últimos, os marginais, os desprezados. Chamam Jesus pelo nome próprio e por uma designação que significa “mestre” (“epistates”). Reconhecem a autoridade de Jesus e esperam qualquer coisa d’Ele (vers. 13). Lucas diz-nos que eles pedem a Jesus que tenha “compaixão” (“eleo”). O termo usado não esclarece se os leprosos apenas esperam uma banal esmola, ou se pretendem algo mais profundo e duradouro.

Lucas conta que Jesus “vê” aqueles homens. O verbo usado recorda a forma como, muitos séculos antes, Deus encarou o seu povo escravizado no Egito: “Eu vi a opressão do meu povo que está no Egito” (Ex 3,7). Dizer que “Deus vê” é dizer que Deus não fica indiferente ao sofrimento do seu povo e que vai atuar para o salvar; dizer que Jesus “vê” aqueles leprosos poderá sugerir que Ele se dispõe a intervir para os salvar e lhes devolver a vida.

No entanto, Jesus nem dá esmola, nem faz qualquer gesto de cura. Limita-se a dizer aos leprosos: “Ide mostrar-vos aos sacerdotes” (vers. 14a). Segundo a Lei, competia aos sacerdotes declarar o estado de impureza de um leproso e a sua exclusão da comunidade (cf. Lv 13,1-3). Em sentido inverso, também competia aos sacerdotes avaliar uma eventual cura e decretar a reintegração do doente na comunidade (cf. Lv 14,3-4). Como é que os leprosos viram a recomendação de Jesus? Entenderam que ficariam curados da doença que os apoquentava e que deviam, portanto, ir imediatamente obter o “certificado” que lhes permitia retomar a sua vida normal? No entanto, por esta altura ainda continuavam com todos os sintomas da doença. A sua partida ao encontro dos sacerdotes, sem hesitações nem pedidos de esclarecimento, indica que eles confiaram totalmente em Jesus e na sua capacidade de lhes devolver a saúde e a vida. Trata-se, portanto, de uma extraordinária afirmação de fé.

Lucas diz-nos que foi “no caminho” que os dez doentes ficaram limpos da lepra (vers. 14b). Portanto, a cura não acontece imediatamente, mas só depois de percorrido um “caminho”. Na teologia de Lucas, o “caminho” é uma viagem espiritual que é preciso percorrer até se estar preparado para acolher a vida nova do Reino de Deus. A “conversão”, a mudança de vida, não acontece de um instante para o outro, por um golpe de magia. Só depois de percorrido um “caminho” e de ao longo do “caminho” sermos “trabalhados” pela palavra de Jesus, ficamos “curados” daquilo que nos impede de ter vida em abundância.

Chagados aqui, a história da cura dos leprosos poderia estar terminada. No entanto, a parte mais importante do episódio vem agora (vers. 15-19).

Um dos homens que, no “caminho”, se sentiu “limpo” – precisamente o que era samaritano – inverteu a marcha e voltou para trás, ao encontro de Jesus. Lucas diz-nos que ele glorificava “a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto por terra aos pés de Jesus para Lhe agradecer” (vers. 15-16). O gesto de se prostrar é um sinal de profundo respeito, que por vezes acompanha a oração (cf. Jud 9,1; Mt 26,39). Aqui significa, sobretudo, que aquele homem reconhece Jesus como o seu salvador. Sabe que a força salvadora de Jesus tem origem em Deus e agradece a Deus a sua misericórdia. Reconhece que, em Jesus, a salvação de Deus chegou ao mundo e à vida dos homens. Naturalmente, sente-se grato por aquilo que lhe aconteceu; mas o que ele sente e quer expressar é mais do que gratidão: é o reconhecimento da bondade de Deus pelos seus filhos, uma bondade que em Jesus e por Jesus “tocou” o mundo e a vida dos homens. Transformado pelo amor misericordioso de Deus, aquele homem sente agora que pode refazer a sua vida e voltar a encontrar a sua dignidade.

Lucas deixa para o fim uma constatação surpreendente: aquele homem “era um samaritano” (vers. 16). A salvação que Deus oferece, através de Jesus, destina-se a todos os homens, sem exceção, mesmo àqueles que o judaísmo oficial considerava definitivamente afastados da salvação. Além disso, o facto de aquele homem ser um samaritano mostra que, muitas vezes, são os “marginais, os desprezados pela sociedade e pela religião, os improváveis, os malditos os primeiros a reconhecer os dons de Deus, a acolhê-los, a manifestar a sua gratidão. Esta afirmação revoluciona profundamente a base sobre a qual assentava toda a catequese de Israel. Denuncia a autossuficiência dos judeus que, por se sentirem “povo eleito”, achavam natural que Deus os cumulasse dos seus dons, mas que nunca reconheceram a salvação que, através de Jesus, Deus lhes ofereceu.

As palavras finais de Jesus, numa sucessão de perguntas retóricas (vers. 17-19), põem em relevo a “qualidade” da “resposta de fé” daquele “gentio”. Ele não só acreditou em Jesus (como os outros), mas fez mais: soube reconhecer o dom de Deus, aceitou Jesus como o seu salvador e voltou ao seu encontro, quis manifestar a Deus a sua gratidão e o seu amor. Lucas sugere que é dessa forma que os verdadeiros discípulos – esses que continuam dia a dia a percorrer com Jesus o caminho de Jerusalém – devem responder ao amor e à misericórdia de Deus.

[fonte: dehonianos.org]