"Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas. - Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado."
1. OUTUBRO: MÊS DO ROSÁRIO... MÊS MISSIONÁRIO...
Este ano sob o tema “Missionários de Esperança entre os povos” vamos celebrar no próximo dia 19 de outubro o Dia Mundial das Missões. Nesse fim-de-semana os ofertórios das Eucaristias destinam-se às Missões. Nesse mesmo dia à tarde, com o acolhimento às 14.00 horas, na Igreja de Espinho, vamos celebrar o Jubileu Diocesano das Missões.
Vamos, nas nossas Paróquias, rezar o Terço na Igreja: Guisande, todos os dias às 19.00 horas; ao Sábado, às 17.00 e no domingo às 15.00 horas. Na Paróquia de Pigeiros, nos dias de Missa (Quartas-feiras, Sábados e Domingos) meia hora antes da Missa. Na Paróquia das Caldas vai ser orientado, todos os dias, pelos MEC’s: segundas e quartas-feiras, às 18.30 horas; terças-feiras no final da Missa; quintas-feiras, incorporado na Adoração ao Santíssimo; sextas-feiras, das 19.30, às 22.00 horas, durante o tempo do Alpha, e Domingos, 10.30 horas.
Para facilitar a oração do Terço, na Igreja e em família, temos o “Guião Missionário 2025-2026” que pode ser adquirido no final das Eucaristias, este fim-de-semana, por 1,50 €.
2. FESTA DO ACOLHIMENTO DE TODOS OS CATEQUISANDOS E ENVIO DOS CATEQUISTAS
No próximo Sábado, 4 de outubro, na celebração da Eucaristia, na Paróquia de Pigeiros e Guisande e no Domingo, 5 de outubro nas Caldas, teremos a Festa do acolhimento de todos os meninos e meninas, de todos os anos da Catequese, bem como seus pais e o envio dos Catequistas. Contamos e esperamos por todos para assim, em Festa, iniciarmos este novo ano Pastoral.
Na semana seguinte começa a Catequese em sala para todos.
3. INÍCIO DA PREPARAÇÃO PRÓXIMA PARA A CELEBRAÇÃO DO CRISMA
Vai começar, para os adolescentes que terminaram o seu percurso Catequético e para as pessoas adultas que se inscreveram, no próximo Sábado, dia 4 de outubro, às 21.00 horas na Paróquia das Caldas de São Jorge, no Salão Paroquial.
4. FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO NA PARÓQUIA DE GUISANDE
Vai celebrar-se no primeiro Domingo de outubro, dia 5, na Eucaristia, às 8.00 horas. No final da Eucaristia, faremos, como de costume, a Procissão.
5. DESIGNAÇÃO E INSTITUIÇÃO DE NOVOS MEC’S NA NOSSA DIOCESE
No Sábado, 11 de outubro próximo, haverá um tempo de recoleção, das 9.30 às 12.30 horas, para os novos MEC’s - Ministros Extraordinários da Comunhão, que fizeram, este ano a sua formação. No Domingo, dia 12 de outubro, serão designados e Instituídos pelo nosso Bispo, para o serviço nas Comunidades, em celebração na Catedral, às 15.00 horas. Demos graças a Deus pelos das nossas Paróquias.
6. PRIMEIRO ENCONTRO DE FORMAÇÃO PARA ACÓLITOS NAS NOSSAS PARÓQUIAS
Vai acontecer no próximo dia 18 de outubro, Sábado, às 14.30 horas, na Paróquia das Caldas de São Jorge. Vai estar connosco o Senhor José Campos, responsável pelos Acólitos na nossa Diocese. Nesse encontro será definido o dia e horário dos futuros encontros de formação. Até lá, todos os Acólitos que já servem e outros que o desejem ser devem preencher uma ficha que se encontra na Sacristia e com o responsável dos Acólitos de cada Paróquia.
7. O AGRUPAMENTO DOS ESCUTEIROS 901 DAS CALDAS DE SÃO JORGE
Vai iniciar o seu ano Escutista 2025-2026 para todo o seu efetivo no próximo Sábado, 4 de outubro, com a entrega de insígnias.
CONTEXTO DO EVANGELHO DA SEMANA:
Jesus vai a caminho de Jerusalém, acompanhado pelos discípulos. Enquanto caminham, Jesus vai desvelando aos discípulos os mistérios do Reino de Deus. O tempo de Jesus junto dos discípulos está a esgotar-se, pois a cruz está a espera d’Ele em Jerusalém, no final desse “caminho”. É necessário preparar os discípulos para que, após a partida de Jesus, assumam a missão de dar testemunho do Reino de Deus por todo o lado, “até aos confins do mundo”.
A história de um rico anónimo e de um mendigo chamado Lázaro é mais uma das “lições” que Jesus oferece enquanto caminha para Jerusalém. Trata-se de um episódio exclusivo de Lucas, que mais nenhum dos evangelistas refere. Desta vez, a “lição” de Jesus não se destina apenas aos discípulos: destina-se também aos fariseus (cf. Lc 16,14), que representam todos aqueles que amam o dinheiro e vivem em função dos bens materiais. Poucos antes esses fariseus tinham troçado de Jesus por Ele dizer: “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
MENSAGEM DO EVANGELHO:
A parábola contada por Jesus gira à volta de duas figuras contrastantes: um rico não identificado e um pobre chamado Lázaro (o nome significa “Deus ajuda”).
O rico é descrito com os traços que caraterizavam a classe alta judaica, a classe endinheirada que residia em Tiberíades, Séforis ou Jerusalém. Vestia-se de púrpura e de linho, tecidos valiosos reservados a gente rica. Em si, “púrpura” designa a cor de uma tinta obtida a partir da secreção de algumas espécies de moluscos, que era usada para tingir os tecidos; o seu alto custo tornava-a acessível apenas a gente com muitas posses. O linho era usado para as roupas interiores e era normalmente importado do Egito. Diz-se ainda que esse homem rico “se banqueteava esplendidamente todos os dias”, facto insólito numa região onde a maior parte da população tinha dificuldade em assegurar o pão de cada dia. De resto, não se diz se o homem era bom ou se era mau, se frequentava ou não o Templo, se tratava bem ou mal os seus empregados.
O outro personagem, o pobre Lázaro, “jazia junto do portão do rico”. Não se vestia de roupas finas, mas sim “de chagas”. Muito provavelmente a sua enfermidade impedia-o de se mover. O “portão” junto do qual ele jazia era a entrada da magnífica casa do rico. Tinha fome. Ficaria feliz se pudesse comer os pedaços de pão que, segundo o costume, se utilizavam para limpar as mãos e que em seguida eram atirados para debaixo da mesa para serem comidos pelos cães domésticos.
Também não se diz que o rico alguma vez tenha dado qualquer atenção àquele pobre. Aparentemente o rico, ocupado em disfrutar do seu bem-estar, vivia demasiado afastado daquilo que se passava fora do seu portão. Os únicos que davam atenção ao pobre Lázaro eram os cães que vinham lamber-lhe as feridas. Lázaro vivia entregue à sua triste sorte, no meio da indiferença geral.
Em seguida, o cenário muda. A parábola leva-nos até um tempo posterior, depois de os dois homens – o pobre e o rico – terem morrido. Lázaro, logo após a sua morte, “foi levado pelos anjos para o seio de Abraão” (vers. 22). O “seio de Abraão” era o lugar de honra na festa final presidida por Abraão, o banquete onde, segundo o imaginário judaico, os eleitos se juntariam aos patriarcas e aos profetas. Expressa, portanto, a ideia de que Lázaro, após a sua morte, foi acolhido num lugar delicioso, onde era devidamente considerado e onde não experimentava as carências que tinha experimentado quando era vivo. O rico, por seu lado, após a morte, foi para o Hades, termo grego que designa o mundo subterrâneo. Aqui a palavra define um lugar de tormentos, onde o bem-estar de que o rico desfrutou em vida não existia mais. Para compor o cenário, fala-se de umas “chamas” que atormentam o homem rico e que lhe provocam uma sede terrível. A imagem está em consonância com a tradição judaica (cf. Is 66,24).
Na composição lucana, os dois lugares estão à vista um do outro. Convém ao narrador da parábola apresentar esse cenário, a fim de enquadrar o diálogo que se segue. O homem rico, atormentado pela sede, pede ao “pai” Abraão que lhe mande Lázaro, com o dedo humedecido em água, para lhe refrescar a língua. É curioso como esse rico que, em vida tinha ignorado completamente o pobre Lázaro, agora já o “vê” e já o integra no seu horizonte vital. Abraão, contudo, sem renegar o rico (chama-lhe “filho” – vers. 25), recusa a sua pretensão. Fala de “um abismo” que divide o mundo onde está Lázaro do mundo onde está o rico. Trata-se do “abismo” que o rico cavou quando, em vida, passou indiferente ao lado do sofrimento do pobre Lázaro. É enquanto vivemos que os “abismos” que nos separam dos nossos irmãos devem ser eliminados.
Aquele rico que agora constata a vanidade da sua existência de bem-estar, de comodismo e de indiferença aos irmãos, tem ainda outro pedido a fazer a Abraão: quer que Lázaro seja enviado aos seus irmãos, também eles ricos, insensatos e indiferentes ao sofrimento dos pobres, para que os avise sobre o sem sentido de uma existência construída nesses moldes. Abraão, uma vez mais, recusa. Recorda ao rico que a Palavra de Deus (Moisés e os Profetas” – vers. 29) é bem clara. Quem quiser, escuta-a e constrói a vida a partir dela. Os “avisos” mais interpelantes – como poderia ser um recado trazido à terra por um morto – serão inúteis para aqueles que têm o coração fechado aos desafios que a Palavra de Deus oferece.
Apesar do cenário e das imagens usadas, a parábola do rico e do pobre Lázaro não é sobre o que nos espera na vida futura. É sobre a forma como devemos viver, enquanto caminhamos na terra, para dar significado à nossa vida. É uma catequese “brutal”, que nos vai direita à consciência e ao coração e que nos faz pensar sobre o sentido da existência. Lembra-nos, antes de mais, que os bens que Deus nos confia pertencem a todos e devem ser partilhados com todos os nossos irmãos. Quem se apossa desses bens e os usa apenas em benefício próprio, está a subverter o projeto de Deus. Quem usa os bens para ter uma vida luxuosa e sem cuidados, esquecendo-se das necessidades dos outros homens, está a defraudar os seus irmãos que vivem na miséria. Não somos donos dos bens, mesmo que os tenhamos adquirido de forma legítima; somos “administradores” encarregados de fazer chegar a todos os bens que Deus põe à disposição dos seus filhos. Esquecer isto é viver de forma egoísta e, por isso, estar destinado aos “tormentos”. A parábola lembra-nos também que a indiferença à sorte dos irmãos que caminham ao nosso lado significa o falhanço completo da nossa vida. Somos responsáveis uns pelos outros; somos chamados à comunhão. Se nos instalamos em esquemas de egoísmo e de autossuficiência, teremos falhado completamente o sentido da nossa existência. Finalmente, a parábola diz-nos que devemos deixar-nos guiar pela Palavra de Deus e construir a nossa vida de acordo com as indicações de Deus. Se, talvez distraídos pelo bem-estar e pelo comodismo, ignorarmos os desafios de Deus, estaremos a construir uma vida vazia, sem sentido, que não nos realiza nem leva a lado nenhum.
[fonte: dehonianos.org]